Editorial

Tweet about this on TwitterShare on FacebookShare on Google+Share on LinkedIn

Editorial Revista Científica Aprender Número VII

A Revista Científica Aprender publica sua sétima edição depois de algum tempo de inatividade. Temos artigos sobre Educação e Psicopedagogia, campos que compõem a área de atuação da Fundação Aprender, que, com esta iniciativa, cumpre com sua missão institucional, qual seja a promoção humana pelo conhecimento.
Continuar lendo Editorial

Tweet about this on TwitterShare on FacebookShare on Google+Share on LinkedIn

Educação Emocional, Pressupostos para a Escola e a Sociedade Pensarem na Perspectiva da Inteligência Emocional

Tweet about this on TwitterShare on FacebookShare on Google+Share on LinkedIn
*Rosimara Gomes da Silva
**Humberta Gomes Machado Porto

Resumo
A Educação é a esperança de transformação de uma sociedade e a principal ferramenta para o desenvolvimento do ser humano. Partindo do pressuposto de uma sociedade emocionalmente instável, enraizada na técnica e que ignora as dimensões emocionais do indivíduo e um acentuado desequilíbrio entre razão e emoção, a Educação Emocional aplicada na escola torna-se uma ferramenta necessária para a formação integral do aluno. Um passo relevante para a solução dos problemas que assolam a humanidade seria reconhecer e dominar os próprios sentimentos e enxergar o outro. O objetivo deste artigo é apresentar ideias para pensar a escola a sociedade sob a perspectiva da inteligência emocional e a adoção de métodos e estratégias para as instituições educacionais desenvolverem nos alunos aptidões emocionais. A metodologia empregada foi a pesquisa bibliográfica, centrada nas obras de Daniel Goleman (2012), e Howard Gardner (1995), com contribuições de Edgar Morin (2000), Rui Canário (2006) e a teoria de Henri Wallon( 2016 ). A revisão bibliográfica demonstrou que elevar as competências emocionais como: autoconsciência, autocontrole e empatia, possibilitará ao educando saber lidar com sentimentos de raiva, frustração, medo e outras emoções perturbadoras e aflitivas, presentes no cotidiano e contribuirá para à aprendizagem na escola e, consequentemente, para uma cultura de paz na sociedade.

Continuar lendo Educação Emocional, Pressupostos para a Escola e a Sociedade Pensarem na Perspectiva da Inteligência Emocional

Tweet about this on TwitterShare on FacebookShare on Google+Share on LinkedIn

Mova-se para Aprender: Relato Psicopedagógico no Ensino Fundamental II

Tweet about this on TwitterShare on FacebookShare on Google+Share on LinkedIn
Samantha Rosa de Paula

Resumo
Este artigo trata-se de um relato de experiência desenvolvido com um grupo de adolescentes do ensino fundamental II, com objetivo de observar por meio das brincadeiras direcionadas e discutidas em cada capítulo. Para realização do trabalho foram utilizados alguns autores Fernández (1991; 2001; 2012), Fonseca (2004), Piaget (1990) consagrados de grande importância que nortearam a teoria, o aprendizado com a prática, com grande ressignificação real das vivências dentro de uma Fundação, em Varginha. Entretanto é um momento único de aprendizagem para a Pós-graduanda em Psicopedagogia, possibilitando vivenciar o exercício da prática profissional associado aos conhecimentos teóricos em meio às dificuldades, entusiasmo, alegrias e aprendizados que valem a compreensão de prosseguir com determinação acreditando sempre que estamos em construção em busca do conhecimento.

Continuar lendo Mova-se para Aprender: Relato Psicopedagógico no Ensino Fundamental II

Tweet about this on TwitterShare on FacebookShare on Google+Share on LinkedIn

Psicopedagogia como Área de Conhecimento e de Pesquisa

Tweet about this on TwitterShare on FacebookShare on Google+Share on LinkedIn
Dagmar Fátima de Lima Damasceno

Resumo

A expansão desenfreada dos cursos de psicopedagogia correm o risco de caminhar por trilhas inaceitáveis pelo Código de Ética do Psicopedagogo já que as investigações científicas não estão sendo contempladas na formação deste profissional. Na área do conhecimento, a psicopedagogia precisa se firmar em bases sólidas, o que se faz por meio de investigações científicas e pilares básicos e consistentes, com o foco na formação pessoal do profissional. Para contribuir no processo de aprendizagem do outro é preciso compreender e investigar o seu processo de aprender. A identidade do psicopedagogo é dinâmica – constrói-se a partir de necessidades, crenças, culturas, compreensões teóricas e práticas. Como configurar um curso de formação em psicopedagogia com essa abrangência sem considerar as diversas áreas específicas para compreensão do sujeito aprendente?

Continuar lendo Psicopedagogia como Área de Conhecimento e de Pesquisa

Tweet about this on TwitterShare on FacebookShare on Google+Share on LinkedIn

Análise do Papel do Ser-Ensinante em Relação ao Ser-Aprendente com Dificuldades Específicas de Aprendizagem

Tweet about this on TwitterShare on FacebookShare on Google+Share on LinkedIn
Raquel Brusamolin Kallas

Resumo
Buscou-se analisar o papel do ser-ensinante em relação ao ser-aprendente com dificuldades específicas de aprendizagem, partindo das realidades vividas no ambiente escolar. Esta reflexão foi embasada, principalmente, na psicopedagogia de Alicia Fernández. Com o advento do processo de inclusão nas escolas públicas e privadas, com o objetivo de oferecer oportunidade de todos à educação de qualidade, presenciou-se a ascensão da precisão diagnóstica das dificuldades dos aprendentes e a insegurança e ansiedade dos ensinantes. Esta realidade apontou, como tarefa para a Psicopedagogia, despertar, no ensinante, o desejo de compreender a nova realidade da escola. A Psicopedagogia considera o sujeito aprendente como um indivíduo único, com estruturas distintas, buscando escutar, investigar, interagir, propor reflexões, explicitar conflitos e trabalhar muito para fortalecer vínculos positivos entre o sujeito e o conhecimento. Neste processo, o profissional admira, sofre e frustra-se, mas acredita no poder da transformação, que pode acontecer quando intervém com segurança e responsabilidade.

Continuar lendo Análise do Papel do Ser-Ensinante em Relação ao Ser-Aprendente com Dificuldades Específicas de Aprendizagem

Tweet about this on TwitterShare on FacebookShare on Google+Share on LinkedIn

A Regulamentação da Profissão em Psicopedagogia

Tweet about this on TwitterShare on FacebookShare on Google+Share on LinkedIn
Júlia Eugênia Gonçalves

Acompanhamos os procedimentos legais relacionados com a regulamentação da profissão de psicopedagogo desde quando fazíamos parte do Conselho Nacional da ABPp. Isso já faz alguns anos e, como a Psicopedagogia tem recebido muitos adeptos, consideramos importante atualizarmos algumas informações e tecermos considerações que julgamos procedentes a este respeito.

Primeiramente, uma revisão histórica de como foram os trâmites no Congresso Nacional:

  • 1997: Projeto de Lei 3124/97 de autoria do Dep. Barbosa Neto, dá entrada na 1ª Comissão na Câmara dos Deputados: Comissão do Trabalho, Administração e Serviço Público;
  • 1997: aprovado na 1ª Comissão da Câmara dos Deputados, e, encaminhado para a 2ª Comissão: da Educação, Cultura e Desporto;
  • 2001: encaminhado para a 3ª Comissão: de Constituição, Justiça e Redação;
  • 2007: arquivado com fundamento no art. 105 (encerramento de legislatura)
  • 2008: Projeto de Lei 3152, de 2008, de autoria da Dep. Raquel Teixeira é apresentado na Câmara dos Deputados em agosto/2008.
  • 2009 : Aprovado por Unanimidade o Parecer, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) ;
  • 2009 : Parecer recebido para publicação na Coordenação de Comissões Permanentes (CCP) e encaminhado ao Senado Federal.
  • 2014: foi aprovado na Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal o parecer que regulamenta o exercício da atividade de Psicopedagogia. Pelo texto, a profissão poderá ser exercida por graduados e também por portadores de diploma superior em Psicologia, Pedagogia ou Licenciatura que tenham concluído curso de especialização em Psicopedagogia, com duração mínima de 600 horas e 80% da carga horária dedicada a essa área. Uma emenda assegurou ainda a inclusão dos fonoaudiólogos na lista de profissionais aptos a exercer a profissão, após a especialização exigida. O Projeto teve que retornar à Câmara porque o Conselho Federal de Fonoaudiologia solicitou mudança no texto que situa a Psicopedagogia na área da Educação, ampliando para Educação e Saúde.
  • 2016: A Comissão de Educação da Câmara Federal aprovou proposta que deixa a cargo de cada sistema de ensino (federal, estaduais e municipais) a implementação do atendimento psicopedagógico de seus alunos. O psicopedagogo não necessariamente será lotado na escola, mas eventualmente em centro que atenda às escolas na medida das necessidades que se apresentarem. O texto aprovado é um substitutivo do deputado Geraldo Resende (PSDB-MS) e inclui a regra na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, Lei 9.394/96). O substitutivo usou como referência duas propostas (PL 8225/14 e PL 209/15) que instituem o atendimento psicopedagógico na educação básica. O projeto ainda será analisado conclusivamente pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania. A íntegra das propostas pode ser pesquisada na web pelos números dos projetos: pl-7646/2014, pl-8225/2014, pl-209/2015.

Além destes trâmites, outras conquistas foram relevantes no processo de regulamentação profissional:

Em 2004: Classificação Brasileira de Ocupações: Psicopedagogia faz parte da família 2394-25: Avaliadores e orientadores de ensino. A Classificação Brasileira de Ocupações – CBO- tem por finalidade a identificação das ocupações no mercado de trabalho para fins classificatórios junto aos registros administrativos e domiciliares. Os efeitos de uniformização pretendida pela Classificação Brasileira de Ocupações são de ordem administrativa e não se estendem às relações de trabalho. Exemplos: imposto de renda; protocolos públicos. A importância da inclusão na CBO é que doravante nenhuma empresa poderá se esquivar de cumprir a legislação, alegando que não possui psicopedagogos, mas assessores e assistentes, fato este comum no País do “jeitinho”. Além disso, abre a possibilidade da inclusão do psicopedagogo nos planos de carreiras do serviço público, além de estamos mais identificados agora ao Código de Ocupação Internacional, que já previa para outros países essas classificações no caso de profissionais de Psicopedagogia.

Em 2013 a prefeitura de São Paulo sancionou lei que implementa o cargo do psicopedagogo na Rede Municipal de Educação do município. De acordo com esta lei, a assistência psicopedagógica terá como objetivo diagnosticar, intervir e prevenir problemas de aprendizagem em alunos de instituições de Educação Infantil e Ensino Fundamental. Em seguida, o Decreto nº 55.309, de 17/07/2014, regulamentado pela Portaria nº 6.566, de 24/11/2014, em São Paulo, criou um núcleo multiprofissional, nos quais os psicopedagogos são fundamentais na composição da equipe e no atendimento às unidades educacionais. A equipe multidisciplinar é composta por pedagogo, assistente social, fonoaudiólogo, psicólogo e psicopedagogo. Nesta realidade da cidade de São Paulo, os chamados NAAPA – Núcleo de Acompanhamento e Apoio para a Aprendizagem – têm uma feição psicopedagógica. Para saber mais este respeito, acesse http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Apresentacao-14. São 13 NAAPAs, uma para cada Diretoria Regional de Ensino da cidade.

Em 25 de agosto de 2014 o Secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, no uso de suas atribuições, altera atributos de procedimentos na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPM) do Sistema Único de Saúde e inclui o acompanhamento psicopedagógico de paciente em reabilitação, nos seguintes casos: CID G80.0 Paralisia cerebral quadriplégica espástica / Paralisia cerebral tetraplégica espástica G80.1 Paralisia cerebral diplégica espástica / Paralisia cerebral espástica SOE; G80.2 Paralisia cerebral hemiplégica espástica; G80.3 Paralisia cerebral discinética / Paralisia cerebral atetóide / Paralisia cerebral distônica; G80.4 Paralisia cerebral atáxica; G80.8 Outras formas de paralisia cerebral / Síndromes mistas de paralisia cerebral; G80.9 Paralisia cerebral não especificada / Paralisia cerebral.

Em dezembro de 2018, por força da finalização do ano legislativo o Projeto foi arquivado, devendo ser desarquivado em 2019.

Pelo exposto, podemos concluir que houve progressos no âmbito da regulamentação profissional e ainda podemos inferir algo significativo: o processo que vinha sendo desenvolvido no âmbito federal hoje pode ser realizado nos âmbitos estaduais e municipais, desde que hajam projetos de lei que criem o cargo na respectiva esfera. Isso garante a inserção do psicopedagogo na esfera pública mediante processos seletivos e concursos.

Entretanto, convém ainda esclarecer que exercem a função e a ocupação de psicopedagogos profissionais especialistas em Psicopedagogia formados em cursos de pós-graduação lato sensu, em todo o país e que tal aceitação é legítima. Daí, é preciso fazermos uma distinção entre regulamentação e legitimação: legítimo é aquilo que se considera justo, razoável, aceito por consenso social; legal é aquilo que está disposto em Lei. Nem tudo que é legítimo é legal, pois muitas leis caem em desuso porque não se incorporam à cultura. No caso da Psicopedagogia, temos um campo de atuação legitimado socialmente, o que é expresso pelo número de cursos de especialização e pela produção cientifica da área, pela ampliação do mercado de trabalho, criação de cargos e funções em instituições públicas, privadas e órgãos estatais.

Temos também uma profissão que caminha a passos largos para a regulamentação, o que é relevante na medida em que visa a normatização da formação e do exercício profissional, protege o psicopedagogo e a sociedade de elementos distantes dos requisitos para a atuação em Psicopedagogia, assegurando direitos.

MINICURRÍCULO DO AUTOR

Mestre em Educação – Psicopedagogia – pela Universidade Federal Fluminense; especialista em Psicopedagogia Clínica por E.Psi.BA, Argentina; membro do Conselho Nato do Núcleo Sul Mineiro da ABPp- Associação Brasileira de Psicopedagogia

Tweet about this on TwitterShare on FacebookShare on Google+Share on LinkedIn